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Fluxo de caixa: o que é e como organizar?
Gestão não é algo pontual. Gestão é um processo contínuo e intencional para que a empresa possa crescer e garantir sua perenidade futura. E uma das áreas mais sensíveis para o amadurecimento e aprimoramento dos sistemas de gestão das empresas é a financeira, sendo o fluxo de caixa elemento crucial.
O cenário de pandemia destacou ainda mais a importância de organizar e melhorar o fluxo de caixa, evidenciando que os negócios estão sempre suscetíveis à ação de imprevistos e que sai na frente a empresa que conta com um fluxo de caixa saudável e resiliente, que suporta a continuidade de suas operações e as adaptações necessárias para a continuidade do faturamento.
O que é fluxo de caixa?
O fluxo de caixa é um instrumento crucial de planejamento, monitoramento e tomada de decisões nas empresas, sendo um dos indicadores financeiros mais importantes para as companhias.
Ele pode ser diretamente relacionado com a realidade operacional da empresa, fornecendo importantes insights aos gestores. Por exemplo, o fluxo de caixa está também relacionado à eficiência operacional do negócio. Um fluxo problemático provavelmente está alertando para gargalos na operação que estão drenando a eficiência da companhia.
Também é importante considerar que esse é um indicador que não deve ser analisado isoladamente nos processos de tomada de decisão. Imagine, por exemplo, um fluxo que demonstre crescimento no nível de caixa em um trimestre. Apesar de isso parecer positivo (e muitas vezes realmente é), esse incremento pode ter sido gerado pela venda emergencial de ativos, então, não é um indicador de que a liquidez da companhia está realmente melhorando no período.
Fluxo de caixa diário
Usado por empresas que realizam um grande número de movimentações financeiras, o fluxo de caixa diário, como a denominação sugere, refere-se a um acompanhamento do dia a dia das entradas e saídas de capital.
Seu monitoramento contribui para a identificação ágil de erros, a minimização de perdas e a implementação de correções em linha com a estratégia financeira da organização.
Fluxo de caixa projetado
Suas funções principais são projetar pagamentos e recebimentos, possibilitar a realização de ajustes para estancar perdas e a projeção assertiva de investimentos para o crescimento dos negócios.
É importante ressaltar que, como o fluxo de caixa projetado utiliza dados do presente para estabelecer uma visão futura, se houver divergências entre prazos de pagamento e recebimento, esses poderão ser facilmente identificados.
Fluxo de caixa livre
Este tipo de fluxo está relacionado à evolução dos recursos financeiros disponíveis no caixa da companhia a cada momento. Essa evolução poderá se mostrar crucial em situações como as de restrição de crédito, nas quais um controle de caixa disponível é primordial.
Em um nível fundamental, a capacidade de uma empresa de criar valor para os acionistas é determinada por sua capacidade de gerar fluxos de caixa positivos ou, mais especificamente, maximizar o fluxo de caixa livre de longo prazo.
Fluxo de caixa simples
Os benefícios de um fluxo de caixa bem organizado
Além disso, quando a empresa apresenta um fluxo de caixa bem organizado, ela consegue ter mais previsibilidade e resiliência operacional, o que favorece a continuidade da operação e sua adaptabilidade a diferentes cenários e imprevistos – como a pandemia, por exemplo.
Ter um fluxo de caixa organizado é o primeiro passo para buscar um fluxo positivo, que indique que os ativos líquidos de uma empresa estão aumentando, permitindo-lhe cobrir obrigações, fazer reinvestimentos no negócio, evitar problemas de solvência, devolver dinheiro aos acionistas e fornecer uma proteção para desafios financeiros futuros.
Organizar e monitorar o fluxo de caixa, portanto, é como monitorar o pulso da companhia – é uma verificação de saúde financeira valiosa e indispensável para a gestão do negócio.
Como compor o fluxo de caixa da empresa?
Se ao fazer isso você se deparar com saldos negativos, será necessária uma revisão financeira para entender a causa raiz do problema – que poderá ser desde a diferença de datas entre a venda e o recebimento, até um grande número de casos de inadimplência, investimentos mal projetados, entre outras.
É por isso que o fluxo de caixa não diz respeito apenas ao levantamento e à atualização dos números. A parte de análise crítica é crucial para que essa ferramenta realmente contribua para melhorar a estratégia e os resultados da companhia.
O guia para um fluxo de caixa eficiente na SUA empresa
Estabelecer critérios e métodos garantirá que se tenha resultados reais e se encontre uma maneira simplificada e eficaz de fazer o acompanhamento. Entre as etapas fundamentais para este trabalho, estão:
1. Crie um método de análise dos ganhos e despesas
2. Estabeleça categorias
As receitas e despesas da empresa podem ter diversas origens. Por isso, precisam ser organizadas e agrupadas. Criar categorias por meio de um plano de contas ajuda a segmentar os custos (como impostos e investimentos) e indicar a natureza das entradas financeiras (como juros e vendas), o que contribui para a elaboração de relatórios mais detalhados e que fornecem dados mais preparados para uma posterior análise.
3. Revise GASTOS fixOs e VARIÁVEIS
Além disso, conhecendo o saldo atual e gastos previstos, o líder pode buscar maneiras de equilibrar o caixa.
Essa iniciativa permite também que sejam identificadas oportunidades de negociação para casos de contratos fixos e de minimização de gastos para as variáveis.
4. Cadastre todas as contas a receber
Para que haja organização e ganho de produtividade, as contas a receber devem ser cadastradas na categoria correta no plano de contas. Quando o pagamento for recebido, será preciso apenas marcar como concluído.
5. Avalie suas movimentações financeiras
Lembre-se que qualquer dado só ganha valor quando é utilizado em análises e para a inteligência organizacional da companhia, portanto, para extrair valor estratégico dos dados de seu fluxo de caixa, a etapa de análise sistemática é primordial.
6. Utilize um ERP para um controle eficaz
Muitos erros podem ser evitados com o uso de um ERP e de suas automatizações de rotinas, garantindo que o fluxo de caixa esteja correto e disponível quando for necessário. Além disso, esse tipo de solução permite a criação e visualização ágil de relatórios e o acompanhamento em tempo real das movimentações.
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ERROS A EVITAR NO SEU FLUXO DE CAIXA
Portanto, é preciso empregar atenção e cuidado nesse controle. Alguns erros, entretanto, são bastante comuns, incluindo:
Erro 1: Deixar de seguir a periodicidade no acompanhamento do fluxo de caixa
Erro 2: Registrar um dinheiro projetado como recebido
Lembre-se: se o cliente tiver algum problema e não cumprir com o compromisso financeiro na data, o dinheiro não existirá em caixa.
Outro ponto a ser evitado é lançar como pago boletos que foram quitados, mas que ainda não foram compensados.
Essas atitudes criarão uma falsa sensação de se ter mais dinheiro em caixa. Consequentemente, o fluxo de caixa será prejudicado e decisões erradas podem ser tomadas baseadas nele.
Erro 3: Não ter organização
Erro 4: Realizar lançamentos errados
Quando os lançamentos são feitos, devem ser incluídos nas categorias corretas e com as suas devidas descrições. Somente dessa forma se tem um retrato fiel da situação financeira da empresa.
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